Hoje em dia a palavra design está tão popularizada que as pessoas despercebem o seu real significado.Todo mundo utiliza essa palavra, seja para vender, para qualificar ou para designar algo, mas a maioria não sabe o seu significado.
Segundo o dicionário, design significa:
1. Concepção de um projeto ou modelo; planejamento.
2. O produto desse planejamento.
3. Restr. Desenho industrial.
4. Restr. Desenho-de-produto.
5. Restr. Programação visual.
Explicando de outra maneira, design é o processo de idéias, de planejamento, de construção e de finalização, no qual o produto final desse processo tem todas as qualificações necessárias para se manter e ter boa aceitação no mercado.
Um erro comum que se ouve e vê por aí: "Esse produto possui mais qualidade e design", "Produto tal..., requinte e design"; estas são informações desnecessárias, excessivas, pois se o produto tem design, logo terá requinte, qualidade, beleza, e tudo mais que for, pois isso faz parte do processo de design.
O design é um processo através do qual um produto é ou deveria ser submetido para ter o máximo de aceitação no mercado.
Alguns autores identificam a origem do Design com a primeira tentativa do homem para fabricar sua primeira ferramenta. No entanto eu diria que esta é uma definição que mais parece uma tentativa de trazer à lembrança histórica.
O Design é uma atividade profissional relativamente nova, apesar de que o desenvolvimento de produtos e serviços são tão antigos como a própria raça humana. Foi só com a Revolução Industrial que o interesse pelo design de produtos, serviços e maquinarias começou a manifestar-se.
Henry Dreyfuss, pioneiro na profissão, diz que o designer começou por eliminar o excesso de decoração, mas que o seu verdadeiro trabalho teve início quando ele se empenhou em dissecar o objeto, em conhecer o processo de funcionamento e idealizar modos para que operasse melhor. Só depois é que se preocupou em dar-lhe um melhor aspecto externo (Dreyfuss in Papanek (1977).
Em 1963, Maldonado propôs uma nova interpretação do conceito de Design que foi adotada pelo ICSID (International Centre for Settlement of Investment Disputes) e ainda é aceita por este organismo até os dias atuais.
Em sua formulação, Maldonado conceitua o Design como uma atividade de projeto que consiste em determinar as propriedades formais dos objetos a serem produzidos industrialmente. Por propriedades formais entende-se não só as características exteriores, mas, sobretudo, as relações estruturais e funcionais do objeto.
Na colocação de Maldonado, o produto é entendido como o resultado de um processo integrado de projeto e a atuação do designer como uma atividade antropológica. Isto leva-o a considerar aspectos funcionais, econômicos, sociais e tecnológicos, ao projetar objetos.
Esta formulação, contrapõe-se à visão dos adeptos de uma variante do Design: O Styling, segundo a qual o designer é entendido como um mero criador de formas, um especialista que cuida tão somente da realidade externa do objeto.
A partir da colocação de Maldonado, Soloviev, designer de um país socialista, elaborou uma outra conceituação que dá ênfase à função social do Design. Segundo este autor, o Design é uma atividade criadora voltada à construção de um ambiente material coerente, para atender sobre maneira as necessidades materiais e espirituais do homem. Esta finalidade deve ser cumprida por meio da determinação das propriedades formais do objeto, que não incluem exclusivamente os caracteres exteriores, mas também as relações estruturais que lhe conferem uma coerência funcional e ao mesmo tempo contribuem para o aumento da produtividade.
Para Soloviev, projetar não é criar indiferentemente objetos quaisquer, mas criar objetos com um sentimento antropológico, na medida em que eles farão parte do ambiente e deverão subordinar-se a um critério de valor para o usuário.
DESIGN MODERNO
O termo design moderno se refere a uma prática e ideologia de design que têm suas origens no século XIX. Além de ser o estílo característico de design da primeira metade de século XX.
No final do século XIX, em função do desenvolvimento da novas tecnologias indústriais, especialmente no Grã-Bretanha, houve uma necessidade em se criar uma divisão clara entre o artista plástico e o designer.
"O conceito de arte pela arte, de um objeto belo que existe apenas pelo seu valor estético, não se desenvolveu até o século XIX. Antes da revolução industrial, a beleza das formas e imagens criadas pelas pessoas estavam ligadas à sua função na sociedade." (Philip Meggs, A history of Graphic Design).
DESIGN DE MÓVEIS
O design de mobiliário, é uma vertente do design de produto e uma das áreas de maior importância no design de produto brasileiro, pois o mobiliário brasileiro é um dos poucos bens de consumo duráveis que é exportado. É também uma área em que arquitetura e design de produto se entrelaçam.
Há ênfase em detalhes e materiais. Tanto que está diretamente relacionada à Decoração de Interiores. Segundo o funcionalismo, o design de mobiliário tem sido trabalhado superficialmente (menos funcionalidade e mais estética). Por exemplo, o trabalho dos Irmãos Campana, que procuram originalidade na escolha dos materiais.
As funções do móvel dependem do ambiente onde ele será colocado (residência, escritório, escola, meio urbano etc). Para fazer um projeto é preciso pensar nas funções do objeto naquele ambiente e qual é o usuário (no caso de móveis para escola, por exemplo, crianças).
HISTÓRIA DO MOBILÁRIO
A história do mobiliário começa a se desenvolver no momento em que o homem deixa de ser nômade. Passa a possuir uma moradia, acompanha a sua história política, social e artística até à atualidade. Com o passar do tempo, o mobiliário foi evoluindo de acordo com as necessidades humanas, a capacidade técnica e a sua sensibilidade estética. Assim as suas características se tornam inúmeras conforme a região e a época, apresentando, deste modo, uma divisão de períodos e estilos que se inserem suavemente dentro dos grandes movimentos da história da arte. SAIBA MAIS.